domingo, 25 de agosto de 2024

Ter razão pra que?



Nunca fui um cara muito ligado ao “normal”

Aos 19 virei comunista. Comunista de ler a cartilha de Karl Marx.


Aí fiz o que todo inconformado fez.

Lutei pelas ‘diretas já’, ‘fora Collor’ e qualquer movimento que pudesse nos libertar enquanto proletariados.


Assim foi até eu descobrir que o dinheiro era a “mola mestra”, e/ou 'engrenagem da máquina mãe' - o capitalismo.


Passada essa fase utópica resolvi viver a maturidade da realidade.


Percebi que gostava de moto, de carro, boas roupas e dinheiro para pagar TUDO isso e ainda tinhas a garotas.


Como não tive a capacidade de virar vagabundo para querer o que não era do meu suor…

A ideologia de socialismo, o comunismo foi para as P1C45. - Me “normalizei”.

Fui trabalhar, estudar.


Hoje caminhando para os meus 60 anos e tendo visto tantas mudanças, ter mudado com o tempo.

Entendo que a vida é esse rolo de compressão transformador - para os que estão abertos a mudanças.


Sim, creio piamente em muito do que descobri ser o melhor coletivamente, mas amadureci o suficiente para entender que as “batata quentes, minhas”, são minhas e as suas?


- Óbvio!


Não mudei o mundo com minha ideologia, revolução, socialismo e nem tão pouco com as letras do meu rock. Tudo foi, se foi como a vaidade de quem é jovem e cheio de pretensões.


Agora, não conformado - porém - confortado com a realidade que por anos me estapeou a cara.

Tenho como entendimento da vida madura que não consigo nem mudar a cor das paredes de casa, sem a concordância (consentimento) da mulher, que com toda a certeza, vai escolher outra cor que não a minha.



- É isso! Vida adulta! Um dia foi luta dura, hoje é calmaria.



Entre uma coisa e outra escolhi viver em paz e ser feliz, é isso.







Até a próxima!!!


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