segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Irrelevância, é a Herança de Quem Envelhece


Desde a morte de Pelé (o rei do futebol) me pus a pensar.


Eu, desde jovem, ficava imaginando como seria o dia em que Pelé partisse — dessa para uma melhor.
A comoção tomaria conta do Brasil, o povo, choroso, tristeza por todo canto desse e as passeatas em vários lugares para homenagear o gênio do futebol, mas…

Não foi nada do que imaginei, além de homenagens simplórias, comum - ruas e avenidas com nome alterados para o nome/apelido do maior e melhor jogador do mundo, o melhor de todos os tempos — Pelé se foi, apenas isso.

Imaginei um país em comoção pelas perdas do… Chico Anisio, Jó Soares, Silvio Santos… Ficou só na imaginação mesmo.

Na quinta-feira (3) foi a vez de Cid Moreira, se não o maior, mas um dos mais conhecidos apresentadores de telejornal do Brasil, homem que narrou toda a Bíblia Sagrada, a “voz” de Deus, gente!

Foi-se (mais) um ícone a menos, já não tão conhecido pelos mais jovens, aqueles que nasceram ou foram (crianças) crescendo depois do último “boa noite” (1996) — Jornal Nacional (Rede Globo).

Achei que foi “blasé”, assim como todas as outras que citei acima — creio que não ficaram a altura do que essas figuras públicas, realmente mereciam.

Daí me veio a ponderação de que envelhecemos para nos tornar mobília irrelevante, e isso falando de artistas, públicas, políticos.

Como exemplo, posso citar também o passamento, no mesmo dia 3, do ex-prefeito do Rio de Janeiro, Roberto Saturnino Braga. Um homem (político) honesto, nada mais e nada menos que o primeiro prefeito eleito pelo voto direto do povo (1986), Brasil pós-governo militar — regime militar, se preferir.
Não deu sorte de fazer uma boa gestão, anos 80, tempos difíceis.
Saturnino Braga foi um dos idealizadores do projeto “Brizolão” — um belo projeto de escola em tempo integral.

Foi embora como se já tivesse partido há tempos.  
Assim — também — com a mesma "desimportância" foi a morte do ator Emiliano Queiroz, eterno, Dirceu Borboleta.
No velório, poucos amigos, parentes - até agora ninguém virou nome de rua ou avenida.
Chego a conclusão de que só somos — realmente — lembrados quando - enquanto - somos vistos e jovens.





Até a Próxima!!!

Irrelevância, é a Herança de Quem Envelhece

Desde a morte de Pelé (o rei do futebol) me pus a pensar. Eu, desde jovem, ficava imaginando como seria o dia em que Pelé partisse — dessa ...

As Mais Lidas