Desde a morte de Pelé (o rei do futebol) me pus a pensar.
Eu, desde jovem, ficava imaginando como seria o dia em que Pelé partisse — dessa para uma melhor.
A comoção tomaria conta do Brasil, o povo, choroso, tristeza por todo canto desse e as passeatas em vários lugares para homenagear o gênio do futebol, mas…
Não foi nada do que imaginei, além de homenagens simplórias, comum - ruas e avenidas com nome alterados para o nome/apelido do maior e melhor jogador do mundo, o melhor de todos os tempos — Pelé se foi, apenas isso.
Imaginei um país em comoção pelas perdas do… Chico Anisio, Jó Soares, Silvio Santos… Ficou só na imaginação mesmo.
Imaginei um país em comoção pelas perdas do… Chico Anisio, Jó Soares, Silvio Santos… Ficou só na imaginação mesmo.
Na quinta-feira (3) foi a vez de Cid Moreira, se não o maior, mas um dos mais conhecidos apresentadores de telejornal do Brasil, homem que narrou toda a Bíblia Sagrada, a “voz” de Deus, gente!
Foi-se (mais) um ícone a menos, já não tão conhecido pelos mais jovens, aqueles que nasceram ou foram (crianças) crescendo depois do último “boa noite” (1996) — Jornal Nacional (Rede Globo).
Achei que foi “blasé”, assim como todas as outras que citei acima — creio que não ficaram a altura do que essas figuras públicas, realmente mereciam.
Daí me veio a ponderação de que envelhecemos para nos tornar mobília irrelevante, e isso falando de artistas, públicas, políticos.
Como exemplo, posso citar também o passamento, no mesmo dia 3, do ex-prefeito do Rio de Janeiro, Roberto Saturnino Braga. Um homem (político) honesto, nada mais e nada menos que o primeiro prefeito eleito pelo voto direto do povo (1986), Brasil pós-governo militar — regime militar, se preferir.
Não deu sorte de fazer uma boa gestão, anos 80, tempos difíceis.
Saturnino Braga foi um dos idealizadores do projeto “Brizolão” — um belo projeto de escola em tempo integral.
Foi embora como se já tivesse partido há tempos.
Saturnino Braga foi um dos idealizadores do projeto “Brizolão” — um belo projeto de escola em tempo integral.
Foi embora como se já tivesse partido há tempos.
Assim — também — com a mesma "desimportância" foi a morte do ator Emiliano Queiroz, eterno, Dirceu Borboleta.
No velório, poucos amigos, parentes - até agora ninguém virou nome de rua ou avenida.
Chego a conclusão de que só somos — realmente — lembrados quando - enquanto - somos vistos e jovens.
Até a Próxima!!!
Até a Próxima!!!