quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Sobre ter sorte

O que me atraiu


Comecei a paquerar as meninas aos 10 anos, mas no desenvolver da pré-adolescência, a adolescência e a inevitável vida adulta — nunca fui 'aquele' namorador, mas fiz algumas conquistas de massagear meu (modesto) ego masculino.


Já me empenhei bem para conquistar uma garota que se apaixonou por boxe após assistir 'Rocky Balboa' — lá fui eu procurar uma academia para praticar o “esporte”, comprei luva, shorts, e sapatos para boxe.
Foram 3 meses de dedicação e consegui a conquista, mas não tínhamos nada a ver um com o outro e após bastantes treinos (doloridos) como iniciante no pugilismo a paixonite foi a nocaute.

Outra conquista…
Um dia, em uma festa, conheci uma garota exotérica — paz e amor. Quase uma hippie no final dos anos 80.
Ela se ligava em astrologia/horóscopo e, quase tudo que ela fazia tinha que ter ligação com o astral.
Fui a uma livraria na rua 'Sete de Setembro' (centro do Rio) e comprei um livro sobre astrologia, queria ter o que conversar e despertar o interesse — dela — por mim.
Me valendo de uma boa memória, logo tinha um ensaio (resumidamente) das características de cada um dos 12 signos do zodíaco.

Pronto, em um encontro casual (proposital) nos encontramos e ali a encantei com o meu conhecimento na astrologia, e para melhorar, ela era de Capricórnio e eu de Câncer — havia uma possível compatibilidade.
Confesso que não durou nem 10 encontros alguns beijos e amassos. Aquele papo exotérico e a minha busca por satisfazer os interesses da moça desfez a paixão inicial, acho que foi mais a conquista pela beleza do rosto e do belo corpo. — Sim, já fui um cara fútil.

Com a maturidade percebi o que realmente me atraia numa mulher. Já não era a beleza, corpo, altura, cor ou classe social.
Entendi que a minha busca, minha real sedução acontecia quando encontrava uma garota inteligente (segura de si), alguém que conseguiria conversar por horas, dias.
Depois de alguns erros e insistência por motivos, que não é importante para essa postagem, dei a sorte de encontrar a minha mulher atual.

São 12 anos de um relacionamento maravilhoso — lógico que temos nossas diferenças, mas tudo que pode ser contornado, de maneira suava e natural, para seguimos é feito. Tipo seguir em frente, sabe?

Inteligente, com bom humor, namoro gostoso, muita paciência (comigo) e para completar uma excelente cozinheira — assim é a mulher, “mulher da minha vida”.

Sou um cara de MUITA sorte!

Sempre me perguntei — com quem vou conversar após namorar (me relacionar sexualmente)?
Confesso que era uma coisa que me incomodava. Porque viver na horizontal é bem mais fácil, é viver o instinto sexual e se a química for boa…
O desafio maior é (era) viver a dois, na vertical o dia a dia — ter o que falar, rir das piadas um do outro, brincar um com o outro, rir e se rir, planejar, resolver coisas (sérias) com concordância, se divertirem assistindo uma séria no stream ou passeando de mãos dadas numa “feira livre”.

— Sou piegas, né?

Sou não, EU sou apaixonado há 12 anos e tenho certeza que seremos assim até o “fim”.



Até a próxima!

   

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