sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Adoção de estrangeiros...



Juro que não entendo e... nem quero!

Meu negócio aqui é falar o que penso, então...


Com certeza qualquer 'sub celebridade' pode e tem o direito de adotar uma criança, inclusive estrangeira. Mas cá para nós que estamos aqui “face to face”.
Por acaso, assim de repente, daria para passar — antes — em qualquer periferia daqui, sim, do Brasil!

— Lembra desse país cheio de criança preta (negra) vivendo miséria e abandono em comunidades (favelas)?
Será que o preto (negro) estrangeiro tem privilégio por ser africano?
Não somos ou temos — aqui — raízes o suficiente da mãe Africa?

Muitas perguntas e possíveis respostas, né não?

Ah, mas tem ator e atriz daqui que adotou crianças negras e ninguém diz nada.

Ora, ora carambolas, minha juventude de outrora… É diferente inocente! — sabe por quê?

Os atores “tutores” são pessoas de origem social diferente, privilegiados com uma família de base sólida e NUNCA conheceram a dura realidade de um POBRE morador de comunidade (favela) ou mesmo os desafios de (sobre)viver no Brasil ou em qualquer país africano, como:
Sudão do Sul, Burundi, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Moçambique, Níger ou Malawi.

Os privilegiados do nosso país (que nem são tantos) certamente nunca sofreram a humilhação por nascer pobre, com a pecha de 'preto favelado'.
Não sabem o que é ser olhado de 'cima para baixo, de baixo para cima' e quando não — se quer ser notado porque sua invisibilidade consegue sobressair a cor da sua pela, cor essa tão insignificante quanto a miséria inata — visível maldição.

— Assim fica mais fácil de uma adoção incondicional (conveniente).

O que não consigo compreender é que uma pessoa de origem humilde, conhecedora da realidade dura, a mesma que tento descrever, escrevendo acima — não consegue ter a sensibilidade para enxergar as nossas crianças com a mesma urgência em serem adotadas, tanto quanto crianças africanas, russas, ucranianas ou tailandesas.

Se você é afortunado, “bem-intencionado”, pode e deseja ajudar de verdade, que tal tutelar uma família (estrangeira) INTEIRA e não querer desmembrá-la por um capricho ou estupida vaidade?

— Pessoas não são souvenirs.  

Se ainda assim quiser adotar estrangeiro, vai em frente — satisfaça-se!
Mas não deixe de ver as nossas crianças como (urgente) opção.




Até a Próxima!!!

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