quarta-feira, 11 de setembro de 2024


Sou católico (cristão) batizado, daquele que não deixa às 18 horas passar sem agradecer a Deus e rezar uma ave-maria — Confesso, tive uma fase de ateísmo.

Sempre fui muito questionador e num certo momento escolhi ser crente (evangélico/protestante) achando que sanaria minhas dúvidas e acrescentaria a minha fé o combustível inato da bíblia sagrada — esse foi o caminho mais curto para a incredulidade me “possuir”.

A decepção foi tão grande que me fechei para Deus e a perda da mamãe, foi o estopim que faltava para matar a minha crença.

Foram anos duros, mas a certeza de que não deveria buscar explicações para justificar nada. Veio a pandemia e com ela uma 'picada' do mosquito (aedes-aegypti) e consequentemente a maldita “chikungunya”¹.
Foram 3 a 4 meses acamado com dores no corpo todo, nas articulações, inchaço, febre — não conseguia me manter de pé.
O que me restava era ficar deitado, a maioria do dia — ver TV ou ouvir rádio (notícias).
As 17 horas começava um programa de 'resenha esportiva', o saudoso, “Show do Apolinho” (rádio Tupi/Rio) e as 18 uma pausa para o ângelus, ave-maria.
Tomado de desesperança, essa deu lugar a uma abertura de FÉ no meu coração, e então resolvi conversar com Maria, pedir para que ELA que intercedesse junto a Jesus, por mim, minha saúde. Eu estava com vergonha de falar com Deus diretamente…

Passei a rezar todos os dias, pela madrugada, manhã e tarde — a 'santa missa em seu lar' exibida no início do dia de domingo (tv Globo) passou a fazer parte da minha rotina.

Minha FÉ voltou e passei a reagir aquela prostração e me forcei a fazer coisas, ainda que com muitas dores nas articulações endurecidas, mas minha mãe celestial estava comigo.

— Amém!

Hoje, passado quase 4 anos, ainda sofro com dores reumáticas nos pés, mas ainda assim grato pelo milagre da minha recuperação e a certeza de que Deus não nos abandona, mesmo quando nos achamos autossuficientes.

Sigo com FÉ, muito mais do que antes.




Só Tenho a Agradecer!
 

(¹) “chikungunya” vem do idioma maconde, um dos idiomas oficiais da Tanzânia, significa “inclinou-se ou contorceu-se de dor”.

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